sábado, 10 de abril de 2010

Uma nação se constrói e se afirma na escola!


No dia 28 de abril comemora-se o Dia da Educação.

Como esse é um tema que me empolga, antecipei-me um pouco e resolvi abrir a discussão um pouco antes.

Lendo um artigo publicado na revista Nova Escola em março de 2010, resolvi partilhar com vocês algumas das palavras de Luis Carlos de Menezes, físico eeducador da Universidade de São Paulo (USP), com as quais me identifico e faço coro.

"Nas linhas avançadas da Educação brasileira, não há pesquisadores enclausurados em laboratórios de ponta, mas educadores estudando as melhores formas de ensinar e promovendo integração social ou mesmo civilizatória em situações reais. Tenho encontrado exemplos notáveis dessa atuação na "fronteira educacional". Nas minhas andanças pelas escolas do país, identifico personagens que, por reunirem qualidade pedagógica, consciência social e envolvimento humano, poderiam simbolizar essa luta permanente de construção nacional."

As dificuldades do magistério escondem vantagens e prazeres que só os apaixonados pela profissão conhecem.

Classes lotadas, alunos desinteressados, material ultrapassado e salários baixos. Com certeza não é isso que ninguém gostaria de enfrentar em seu dia-a-dia. No entanto, nos últimos anos tem aumentado a procura dos estudantes por cursos de licenciatura, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). A quantidade de vagas nas universidades também tem crescido, assim como o número de formandos.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), até 2006 os professores do Ensino Fundamental e Médio precisam ser formados em um curso superior de licenciatura.
Talvez isso explique os dados do Inep.

O Senador Cristovam Buarque apresentou projeto com o intuito de amenizar essas desigualdades. A proposta é a de que políticos eleitos - vereadores, prefeitos, deputados, senadores e o presidente - fiquem obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas. Caso contrário, perderão seu mandato. O projeto aguarda apreciação da Câmara e do Senado.
Será que passa?

São de Cristovam também as alegações abaixo:

"Quanto custa estudar no Brasil? Depende. Se você estiver entre os 20% mais ricos da população, vai chegar ao fim de 20 anos de colégio e faculdade com uma formação de aproximadamente R$ 250 mil. Isso significa cerca de R$ 1 mil por mês. Nessa conta entram o dinheiro que você tira do próprio bolso para pagar as mensalidades e a contribuição que o governo faz (com investimento em universidades estatais e deduções de imposto). Agora, se você fizer parte dos outros 80%, sua educação receberá um investimento bem menor: o equivalente a R$ 116 por mês. Esse é o total gasto pelo país por aluno para manter as escolas públicas, onde não se passa muito tempo. Em média, essa parte da população completa só 5 anos de estudo formal, geralmente entre os 7 e os 11 anos de idade.
Ou seja: enquanto ricos estudam em escolas de qualidade por um longo tempo, o resto estuda por pouco tempo em escolas ruins."

Cristovam Buarque é professor de economia da Universidade de Brasília e senador pelo PDT/DF.

A escola pública capenga que está agonizando há anos, é a mesma que forma os profissionais do magistério que irão retornar para assumir o lugar de seus mestres, tornando a Educação Pública de má qualidade um ciclo vicioso.

Só investindo na qualificação e valorização dos profissionais da educação, conseguiremos uma mudança na qualidade do ensino público.

Pois, o filho do rico estuda em escola particular para ingressar nas Universidades Públicas, e o filho do pobre, que estuda em escola pública, terá que ralar muito para pagar um ensino superior de qualidade duvidosa.

Não deveria ser o contrário?

http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT638980-1720,00.html
Revista Superinteressante - 04/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário