domingo, 4 de dezembro de 2011

Foto: Jacilene Oliveira

A criança dos 7 aos 11 anos

É a idade do fazer, produzir, projectar. Nessa fase, as crianças crescem e aprendem rapidamente. Estamos na maturidade da infância. Mas temos que levar em conta que as meninas evoluem mais rápido.
Quando chega aos 7 anos, já possui o seu carácter esboçado, a personalidade um pouco definida e a inteligência desperta. Perante si mesma tem um novo caminho a percorrer: alargar a sua consciência, alargar o conhecimento do mundo, ampliar o conceito das coisas. Dizendo-o de outra maneira, tem ante si a possibilidade de introduzir o mundo no seu interior.
Quando chega aos 7 anos, a criança volta a começar a vida. Esta a razão das crises que costumam ocorrer neste momento, crises que nalguns casos assustam os pais, porque crêem que o seu filho se torna tonto ou que perde a graça e a espontaneidade. Perante os novos movimentos e concepções parece que duvida, que não compreende as coisas tão depressa como dantes. Lentamente as dúvidas desaparecerão ante a maior firmeza dos conhecimentos, a lentidão transforma-se novamente em rapidez perante a maior clareza das novas concepções. Vencida a crise inicial, que em muitas crianças não se chega a dar, dia após dia incrementa-se o desenvolvimento da personalidade, com a qual o carácter e a afectividade – conservando o tom que já tinham – adquirem um aspecto mais definitivo.
Precisa de aumentar a confiança em si própria e nos outros. Tanto os pais como os professores devem inculcar-lhe confiança nas suas atitudes e segurança em si mesma. Em geral, é mais eficaz o elogio que a reprovação, mas vale mais esta que não dizer nada. Não se pode ser indiferente: há que elogiar ou reprovar. O aluno introvertido reage sensivelmente ao elogio, os extrovertidos precisam um pouco mais de repreensões.

1. Unidade e variedade da inteligência
A criança dos sete aos doze anos coloca a sua inteligência ao serviço da ampliação da sua consciência. Neste período, a inteligência vai-se aproximando da sua plenitude e pode ser definida como a faculdade com que elaboramos os novos conhecimentos adquiridos e para resolver problemas que a vida nos coloca.
Ou seja, a criança já possui uma inteligência com capacidade para adquirir e elaborar, mas é preciso não esquecer que a inteligência é um conjunto de facetas, de aspectos e de funções diversas que podem fazer com que duas pessoas muito inteligentes o sejam de maneira muito diferente. Este conjunto tende à unidade individual, ou seja, em cada indivíduo há uma inteligência, mas é diferente de pessoa para pessoa, porque a sua unidade fundamenta-se nesse conjunto de características diferentes, que o são na qualidade e na intensidade. Não se encontram em todas as inteligências as mesmas qualidades nem estas estão presentes com a mesma intensidade. Por outro lado, temos de considerar que a inteligência de cada indivíduo se diferencia segundo as circunstâncias do ambiente em que se desenvolve e segundo o tipo de rendimento que se lhe exige. Somente assim se compreende que um indivíduo, considerado muito inteligente pelos que o conhecem em determinado trabalho, seja considerado pouco inteligente pelos que o conhecem noutro trabalho ou noutro ambiente, onde o seu rendimento é diferente. Assim se compreende também que as crianças pareçam muito inteligentes na escola e o pareçam menos na vida social, ou que alcancem níveis elevados numa disciplina e não passem da mediocridade noutra.

2. A intuição
Dissemos anteriormente que a criança, à medida que se ia tornando mais rica em noções, ia empobrecendo em intuições, mas que isto não significava que ela deixasse de ser intuitiva. Nesta etapa, ela continua a ser intuitiva em maior ou menor grau e continuará a sê-lo sempre, porque a intuição é um auxiliar admirável da inteligência, quase um elemento próprio. Tal como a inteligência, a intuição proporciona-nos conhecimentos. Mas não os faculta por possessão antecipada do que se deve saber, enquanto que a inteligência os proporciona por meio da investigação.
Diferença essencial entre intuição e inteligência: com a intuição conhecemos as coisas sem saber como nem porquê, mas com a inteligência sabemo-lo. A intuição é a mentalidade em inspiração. A inteligência é a mentalidade em exercício. Daí que só podemos intuir uma coisa numa única vez, enquanto podemos reflectir sobre ela várias vezes.

3. A criança entra no uso da razão
Dos sete aos doze anos, a consciência da criança alarga-se cada vez mais com a ajuda da inteligência e da intuição. E diferente da consciência das idades anteriores, porque não é formada somente por factos e conhecimentos, sujeitos e objectos, mas pela posse e elaboração das ideias, ou seja, começa a pensar em abstracto.
Ela começa a usar a razão. Vai sendo capaz de julgar as coisas como bem e mal feitas. Por volta dos 10 – 11 anos começa a manifestar sintomas de espírito crítico e de rebeldia.
Com todas as suas faculdades, ajuíza do valor das coisas e, avançando em maturidade, alcança a razão que é o encadeamento dos juízos. Este encadeamento produz-se passando dum juízo para outro, mantendo estreita relação entre eles, de modo que os últimos juízos dependem ainda dos primeiros.
Até agora, o pensamento da criança produzia-se espontaneamente sem nenhuma direcção. Na criança dos sete aos doze anos, o pensamento organiza-se, tendo uma direcção, prevê as coisas que podem acontecer: trata-se dum pensamento racional. Agora, o seu pensamento já não é um simples jogo, tem uma finalidade. Pretende dar à consciência o valor de uma coisa universal, o valor duma consciência social, de introduzir o mundo dentro de si. Assim, a criança não perderá nada da personalidade peculiar; pelo contrário, será menos um indivíduo e será mais uma pessoa que pensa em si, mas em uníssono com um pensamento universal, com uma consciência social.

4. A criança entra na vida séria
Ao entrar no uso da razão, a criança começa também a entrar na vida séria. É mais responsável pelos seus actos ou, pelo menos, é capaz de progredir mais rapidamente no sentido de responsabilidade. Começam a notar-se mudanças na sua posição dentro da família, da escola e da sociedade. Por um lado não se conforma com um papel totalmente infantil, por outro exigem-se-lhe atitudes e trabalhos mais importantes. Na família, já não é um ser a quem se dá tudo feito. Ela também tem de fazer alguma coisa para si e para os outros. Na escola, os conteúdos escolares aumentam em quantidade e dificuldade, perdem em graça e encanto e, sobretudo, fazem penetrar na consciência da criança a ideia de que se dirigem à consecução de alguma coisa que só se obterá num futuro remoto.
A sociedade também começa a tratar a criança de outra maneira. Respeita-a de maneira diferente de quando tinha 3, 5 ou 7 anos; não lhe dá passagem com tanta facilidade, tem de aguardar a sua vez numa bicha. Mais ainda, impelem-na ou obrigam-na a estar presente numa festa, num desfile ou nalguma concentração onde se considera como um número mais, como um indivíduo.
Precisa de assegurar a sua posição nalgum grupo social. Daí, a procura e o incremento, nesta idade, dos grupos, clubes secretos, etc.
Tem afã de prestígio e procura-o na estatura, na força, no dinheiro, em jactâncias e rivalidades.
É precisamente neste momento que perde algo da sua maravilhosa e primitiva liberdade, começa a intuir que é um ser independente e quer actuar com independência. A criança precisa de sentir, nesta idade, a responsabilidade de realizar os seus projectos ou encargos, de encontrar oportunidades de se fazer valer e de experimentar certa liberdade nas suas acções. Enquanto vai fazer o recado à mãe, procura o insecto para um trabalho escolar, volta dum acto público que a organização a que pertence o encarregou, converte paradoxalmente a sua nova missão num acto de independência, que assume muitas vezes dentro da sua vida interior, vivendo na sua imaginação as façanhas de um Robin dos Bosques ou de qualquer outro herói da lenda.
A esta suposta independência acrescenta o seu constante “porquê”, que se vai tornando menos infantil e mais especulativo. O seu “porquê” adquire mais lógica e perde conformidade. Aponta para mais longe e não se contenta com uma resposta simples ou parcial. Pergunta fora do seio da família, pergunta ao colega, ao professor, ao livro; mas, sobretudo, pergunta a si mesma. Até aqui tinha adaptado a realidade ao seu Mundo interior. A partir de agora pressente que terá de acomodar o seu mundo interior á realidade que a circunda. E, às vezes, mistura graciosamente o gesto imaginativo de lançar uma flecha, como Robin, com a atitude de quem vai às profundidades do pensamento.
Se os seus pais estão atentos às suas necessidades espirituais e se o seu professor é inteligente, verificam com agradável surpresa que a criança já não só é uma criança, mas que se vai convertendo num amigo. Então pode ocorrer o mais maravilhoso e construtivo dos diálogos que por desgraça se malogra muitas vezes por culpa de um pai excessivamente atarefado, quando não distraído, ou por um mestre pedante, quando não negligente.
Durante este período de iniciação da emancipação dos adultos, a criança tem necessidade de carinho e boa orientação. Precisa de sentir que goza da confiança dos seus pais e educadores. Precisa de diálogo.
Quer haja diálogo ou não, a criança completa a sua busca de conhecimentos com um monólogo constante em que analisa tudo o que a realidade lhe oferece, tudo o que o ensino lhe fornece e, talvez acima de tudo, o que a sua inquietação pelo saber lhe faz descobrir.

5. Comportamento, sobretudo, a partir dos 10 anos
Em casa: Aumenta o interesse para com o pai. No entanto, aparecem os primeiros sintomas do desejo de independência. Prefere não participar nas saídas familiares. O que na verdade lhe interessa é o “grupo”.
No colégio: Sente ânsias de competir, de ganhar, de fazer-se notar. Entusiasmam-no os jogos de equipa e o seu sentido de solidariedade dentro do grupo é enorme. O espírito competitivo e de rivalidade entre as diversas quadrilhas é também notável…
Durante algum tempo, mais ou menos curto – conforme demore muito ou pouco a aparecer o período da puberdade -, a criança recuperará aquela primitiva intuição que lhe deu os primeiros conhecimentos e imaná-los-á com a nova razão adquirida, chegando com as duas a um dilatado caudal de saber.
Quantas lendas de fadas de gigantes, acumuladas por uma triste insensatez dos mais velhos, cairão neste momento! Quantos enredos, quantas respostas inexactas, quantas falsidades não serão postas em evidência e desmembradas peça a peça!
A criança, talvez sem se dar conta disso, começa a reconstruir o seu conceito da realidade, partindo da base de que as coisas não são o que são, mas o que deviam ser; que as coisas não se hão-de imaginar como lhe eram apresentadas, mas como deveriam ser.
Deste modo, a criança com a sua razão iluminada pela fé , intui a necessidade iniludível de princípios morais a que se deve ajustar a vida e verificará se a eles se ajustam os actos dos outros; a partir deste momento já não perguntará somente: E isto porquê? Mas dirá: “Isto está bem”.
As suas ideias morais são práticas e a sua interpretação da lei é literal e absoluta.
Ou seja, a criança terá transformado a consciência do puro acontecer psíquico numa consciência moral e compreenderá pela primeira vez de maneira clara, se não o total significado, pelo menos o valor absoluto dos Dez Mandamentos. O seu interesse e preocupação pelas questões sexuais aumentam consideravelmente.
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Bibliografia:
GESSEL, Psicologia evolutiva de 1 a 16 aflos, Ed. Paidós, Buenos Aires, 1963.
HURLOCK, Desarrolio Psicológico dei Nulo, Ed. del Castillo, Madrid, 1963.
“Nuestro Tiempo”, nº 211, Janeiro 1972. Este número é dedicado todo à adolescência.
HURLOCK, Psicologia de la adolescência, Ed. Paidós.
DEBESSE, La adolescência. Vergara. A adolescência é abordada do ponto de vista individual e social.
MORAGAS, Pedagogia familiar, Ed. Lumen, Barcelona, 1964.
Há já muito tempo que, por um desses contratempos informáticos, perdemos o nome do autor deste texto. Se o quiser citar num trabalho, coloque o endereço electrónico da página da Aldeia de onde o retirou.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

GORDURA ABDOMINAL X DOENCA CARDIACA



O aumento da medida da circunferência da cintura é um importante fator de risco para doenças cardíacas – que matam 17 milhões de pessoas todos os anos no mundo. 
Segundo Dr. Ricardo Pavanello, Supervisor de Cardiologia do Hospital do Coração, em São Paulo, uma cintura de mais 80 cm para as mulheres e mais de 94 cm para os homens representa um risco maior de doenças cardiovasculares.
Um homem com circunferência abdominal maior ou igual a 94 cm possui 3,25 vezes mais risco do que aqueles abaixo dessa medida. Estudos indicam que uma perda de 10% no peso pode proporcionar redução de até 30% na gordura abdominal.


ALGUMAS COMPLICACOES:


Doenças Cardiovasculares 
Hipertensão 
Diabetes 
Acidentes cerebrovasculares 
Apneia do Sono 
Doenças degenerativas




Dicas para o controle da Obesidade abdominal:
1. Para adultos, uma caminhada de 30 minutos por dia ajuda a reduzir os riscos de DCV;
2. Crianças podem ter 60 minutos de atividade física diária;
3. Procure ajuda de pessoas incentivadoras que participem com você ou mesmo lembrem sobre a importância da prática de exercícios;
4. Reduza o tempo que você e sua família passam diante da televisão ou do computador;
5. Exercícios físicos e dietas são considerados terapia de primeira escolha podendo levar a uma redução expressiva da circunferência abdominal;
6. Antes de dar início a qualquer programa de exercício ou reeducação alimentar, consulte seu médico;
7. Para medir corretamente o abdômen: pegue a fita métrica, tire a camisa e afrouxe o cinto; posicione a fita métrica entre a borda inferior das costelas e a borda superior do quadril. Relaxe o abdômen e expire no momento de medir.



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mens sana in corpore sano


Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.

Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. – como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos.

Quando você olha revistas, sites da internet e filmes, o padrão de beleza que vemos é: meninas bem magras, com cabelos lisos ou perfeitamente ondulados, extremamente impecáveis. Mas você acredita que, algum tempo atrás, isso seria considerado feiúra?

Antigamente, a gordura simbolizava nobreza. Mas por que a gordura se tornou algo a ser abominado para quem procura estar “em forma”?

O cinema de Hollywood ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro.

Preocupados com a busca desenfreada da “beleza perfeita” e pela vaidade excessiva, sob influência dos mais variados meios de comunicação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apresenta uma estimativa de que cerca de 130 mil crianças e adolescentes submeteram-se no ano de 2009 a operações plásticas.


A busca pelos padrões de beleza do seculo XX tornou-se obsessiva e destrutiva.

"Nossa sociedade tanto cultua o corpo como não cessa de desprezá-lo, comercializá-lo e coisificá-lo." Tatiane Pacanaro Trinca

Não podemos nos esquecer que o conceito de beleza é relativo, e que ela só é possível em um corpo saudável.

Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição. Existe em si mesma, apartada do mundo sensível, residindo, portanto, no mundo das idéias.  

Devemos mudar o foco, investir em uma mudança de hábitos, e só assim alcançaremos uma beleza que talvez não seja visível aos olhos, mas que será duradoura e consistente.




Fonte: http://www.brasilescola.com/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza.htm

terça-feira, 24 de maio de 2011

As fases da bailarina...


1) Sede de aprendizagem - Tudo começa quando uma mulher tem o primeiro contacto com a dança e vislumbra a possibilidade de vir a aprendê-la. Nesse instante, quer saber tudo o que a professora sabe, e acredita que em um mês estará totalmente desenvolta a fim de se apresentar para quem mais gosta.

2) Desânimo ao achar que nunca vai aprender (primeiros 6 meses) - Aparece nas primeiras dificuldades com movimentos mais elaborados e que necessitam coordenação específica.

3) Confiança em acreditar que pode fazer (1 ano) - Após superar o desânimo e continuar com perseverança seus estudos de dança, percebe que, com treino, consegue fazer alguns dos movimentos já suficientes para cumprir os objectivos para os quais se determinou.

4) A primeira dança para o público - É o momento mais importante. Aqui fica definida qual a estrada que vai trilhar. Se as palmas e os elogios acontecem, provavelmente inicia-se um processo de euforia e a crença de que poderá ir além.

5) Início de danças para o público com mais frequência (2 anos) - Início de uma fase difícil de lidar. A bailarina acredita que domina seu público e que "já sabe tudo"e "pode ensinar muito". Ouve pouco e fala demais. Inicia uma fase de auto-confiança semelhante a uma bolha, que pode esvaziar a qualquer momento. Ela mesma desenha para si uma promessa de sucesso; sua preocupação principal: o dinheiro que vai receber. O ego começa a contrastar.

6) Desequilíbrio com o ego e dificuldades em lidar com a humildade - Lida com elogios de forma desequilibrada, podendo perder os traços de humildade. É a tendência para criticar e o desconforto extremo quando vira para si o alvo da crítica. Nesse momento, geralmente, começa a dar aulas, despreparada e sem a generosidade necessária. Assim, não oferece a suas alunas o que de fato deveria.

7) Estrelismo (3 anos) - A pior de todas as fases. O momento negro na carreira da bailarina de dança do ventre profissional. Acredita que ninguém sabe mais do que ela: "todos precisam aprender". É a senhora das palavras, das opiniões e das verdades. Modéstia passa a ser uma palavra desconhecida e o convívio social é permeado pelo interesse profissional. Por vezes, ao ser questionada sobre seu tempo de estudos em dança do ventre adiciona todos os cursos de ballet que já fez na vida e diz "já estou trabalhando nessa área há dez anos", quando na verdade só começou a estudar a dança oriental há dois. A inflação no tempo de experiência pode ser estendida para a lista de apresentações profissionais e até mesmo a dança no clube do bairro está lá presente no currículo.

8) O sucesso não chegou como previsto - É o momento da dúvida: afinal, o que saiu errado? A cartilha dizia que era esse o caminho; em que ponto do mapa fica o sucesso tão almejado? O mapa, na verdade, não existe, e a bailarina percebe que precisará escrever seu próprio mapa, se desejar continuar.

9) Desânimo com o que já sabe - Acontece ao perceber que faz sempre as mesmas coisas, os mesmos movimentos, e dança sempre com as mesmas músicas. Surge a sensação de que parou no tempo. Já não se contenta mais com o pouco que desenvolveu e entra em depressão com a dança. Em muitos casos, acaba realizando suas apresentações meramente para angariar recursos financeiros; é uma fase perigosa, pois a tendência aqui é "criar" formas de chamar a atenção para a dança, coisas que ninguém nunca fez e que, eventualmente, podem ser um grande chamariz para atrair as pessoas ou a mídia. Um desrespeito à cultura e à arte. É uma fase de procurar atalhos.

10) Estacionar com o aprendizado (4 anos) - Além do tédio de ter que se apresentar sempre com as mesmas músicas, as mesmas roupas (pois o ânimo e a criatividade parecem que foram embora para sempre), agora parece que já não existem fontes confiáveis e conhecimentos para adquirir, e o jeito será manter a dança como fonte de renda financeira, por mais pesado que pareça este fardo; e aparece a preocupação "tenho que aumentar meu cachê... afinal já estou há quatro anos trabalhando como profissional!".

11) Indecisão sobre a dança e seus propósitos pessoais - A dúvida começa a pairar. Foi realmente um acerto ter escolhido esta estrada? Acredita que já aprendeu tudo o que podia. E mesmo assim o questionamento "ser uma estrela" ou "ser uma farsa" tem um grande impacto emocional.

12) Decisão de procurar novas fontes (5 anos) - Se conseguir superar a fase anterior, inicia-se um novo horizonte, com idéias, fluxos de criatividade e vibrações de possibilidades que antes pareciam obscuras.

13) Necessidade de reconhecimento - Começa a acreditar que ninguém, neste período todo de carreira, reconheceu seu valor e tudo o que aprendeu durante anos. O mundo não a compreendeu e não reconhece o talento visível que é.

14) Amadurecimento e respeito pela arte (10 anos) - É o momento em que se atinge o primeiro platô de sabedoria. Percebe que ainda não aprendeu absolutamente nada do que existe neste manancial de cultura e começa a respeitar mais seu corpo e seu aprendizado. Percebe que a estrada é mais longa do que imaginava e agora a incorpora para sempre. Já faz parte do seu sangue conviver com o aprendizado da dança. A humildade começa a aparecer e fica difícil a convivência com as iniciantes que se encontram na fase do desequilíbrio com o ego.

15) Procura incessante por novas fontes e maneiras de dançar - O prazer agora, mais do que nunca, está na descoberta do que durante tantos anos esteve oculto: o conhecimento. Encontra as respostas para muitas atitudes de antes e com tudo que toma contato percebe um sentido melhor, pois já teve oportunidade de sentir e compartilhar pessoalmente no passado.

16) Equilíbrio artístico e definição de métodos de ensino - Já não faz tanta diferença como os outros pensam ou como o mercado reage às suas investidas. Desenvolve seu trabalho procurando sempre ferramentas para aprimorar seus métodos para ensinar, passar a frente tudo o que aprendeu. O aprendizado e o aperfeiçoamento agora importam demais para si.

17) Especialização de danças e investimento na imagem (15 anos) - Começam a fazer parte do currículo danças folclóricas dos países árabes, mediterrâneo, sempre embaçadas em um amplo conhecimento em cada assunto. Seu nome começa a ganhar destaque no mercado da dança. Cresce a credibilidade e desenvolve um trabalho sério. Surgem os workshops.

18) Ensino do que aprendeu na carreira - Agora o mais importante é a “bagagem” que trás consigo, de maior conhecimento possível. Esta passa a ser a fonte de seu prazer. Sua dança só enriquece se descobre novas fontes de conhecimento; e delas sempre se utiliza para o aperfeiçoamento de movimentos e o ensino.

19) Plenitude na dança e fonte de pesquisas (20 anos) - O prazer artístico está alicerçado em conhecimento e saber; realiza com o corpo o que desejar e, graças aos anos de pesquisas empreendidas durante a existência, tudo tem coerência e os pontos de estudo parecem alinhavados.

20) Dúvidas sobre quando parar de dançar - É um momento delicado na carreira de toda bailarina e de qualquer artista. Relutância em acreditar que suas apresentações iniciam uma fase descendente em se tratando de tempo; super-valorização do momento presente. O tempo passa para todos.

21) Nostalgia e respeito público (mais de 25 anos) - Seu nome acaba sendo respeitado e admirado por todas aquelas que fazem parte do meio. As lembranças pessoais parecem recentes... Se conseguiu construir uma carreira íntegra, acaba tornando-se uma "lenda viva" na arte. Torna-se fonte de consultas permanente e admira-se com os novos talentos que despontam. No fundo, lamenta que todas tenham que passar por cada uma dessas fases, se quiserem chegar onde chegou. Umas se perderão no caminho, outras florescerão. Afinal, a vida sempre foi um turbilhão de desafios.

(Jorge Sabongi)

domingo, 15 de maio de 2011

Educar...


Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!” – e, ao falar, aponta.
O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente…
E ficando mais rico interiormente ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.
Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.
A primeira tarefa da educação é ensinar a ver…
É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo…
Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.
A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades… Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.
Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.
Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento… a capacidade de se assombrar diante do banal.
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.
Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. E nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore… ou para o curioso das simetrias das folhas. Parece que naquele tempo as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.
As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente.
São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.
Rubem Alves nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, Minas Gerais. Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista, professor, poeta, cronista do cotidiano, contados de histórias e um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil. Ama a simplicidade, a ociosidade criativa, a vida, a beleza e a poesia; ama as coisas que dão alegria, a natureza e a reverência pela vida; ama também os mistérios, bem como a educação como fonte de esperança e transformação; ama todas as pessoas, mas em um carinho muito especial pelos alunos e professores; ama Deus,mas tem sérios problemas com o que as pessoas pensam ou dizem a Seu respeito; ama crianças e filósofos – ambos têm algo em comum: fazer perguntas.

http://www.releituras.com/rubemalves_bio.asp

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Minhocas podem ajudar a limpar solo contaminado

Cientistas descobriram como minhocas que consomem metal pesado acabam ajudando plantas a limpar solo contaminado.

Pesquisadores da Universidade de Reading, na Inglaterra, encontraram mudanças sutis nas propriedades de metais à medida que minhocas ingeriam e expeliam o solo onde esses metais se encontravam.

Essas mudanças fizeram com que fosse mais fácil para as plantas absorver metais pesados – altamente tóxicos e prejudiciais à saúde humana – da terra.

As plantas podem normalmente absorver metais pesados do solo e incorporá-los em seus tecidos, mas esse é um processo que pode levar bastante tempo.

Por isso, se as minhocas podem fazer com que os metais se tornem mais fáceis de ser absorvidos pelas plantas, elas se tornarão as “guerreiras ecológicas do século 21″, disseram os cientistas no British Association Science Festival, em Liverpool.

Segundo os pesquisadores, as minhocas são verdadeiros “detetives do solo”: a presença delas pode ser um indicativo sobre a saúde geral da terra.

Esse papel é possível porque as minhocas desenvolveram um mecanismo que permite que elas sobrevivam em solo contaminado com metais tóxicos, incluindo arsênio, chumbo, cobre e zinco.

“As minhocas produzem um tipo de proteína que envolve determinados metais e as mantêm seguras (de intoxicação)”, explicou o pesquisador Mark Hodson.

A análise dos metais foi possível com o uso de um equipamento chamado Diamond Light Source, que utiliza a tecnologia de raios-X para determinar a propriedade de partículas “mil vezes menores do que um grão de sal”.

Fonte: BBC News – Elizabeth Mitchell
http://www.revistameioambiente.com.br/2008/09/12/minhocas-podem-ajudar-a-limpar-solo-contaminado/

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dormir sem calcinha faz bem à saúde!


Por vivermos em um país de clima quente e úmido, e estarmos cada vez mais propensas a estresses que levam à queda da imunidade, não é raro sentirmos desconfortos vaginais. Um dos mais comuns é a Candidíase Vulvovaginal: estima-se que cerca de 75% das mulheres experimentarão pelo menos um episódio da doença durante a vida. Conversei com o ginecologista Fábio Muniz para entender esse problema um pouco melhor, vejam só:

O que é a Candidíase Vulvovaginal e quais são suas causas?

Trata-se de uma infecção da vulva e da vagina, causada pela proliferação de um fungo chamado Cândida albicans que, em muitos casos, já existe na flora vaginal da mulher, mas não é prejudicial em pequenas quantidades. Existem vários fatores que predispõem esta proliferação, como a gravidez, a obesidade, o Diabetes descompensado, as altas dosagens de anticoncepcionais e antibióticos, o contato com substâncias alérgicas (perfume, talco, desodorantes), o uso constante de biquínis molhados, absorventes diários e roupas íntimas de tecidos que diminuem a ventilação da região vaginal.

Quais são os sintomas dessa doença?

Os sintomas dependem do grau da infecção e eles podem apresentar-se isolados ou associados. O principal sintoma é a coceira vulvovaginal, mas a pessoa também pode sentir dor ao urinar e no ato sexual, vermelhidão na vulva, ter a vagina coberta por uma placa branca ou acizentada e perceber na calcinha um corrimento branco sem cheiro e com aspecto de leite coalhado. É importante lembrar que, ao sentir qualquer desconforto, a visita a um ginecologista é essencial.

Candidíase não é considerada uma DST?

Não, pois a relação sexual não é a principal forma de transmissão. Porém, é sempre importante se preservar usando camisinha!

Como é possível evitar a Candidíase?

Algumas medidas bem simples, relacionadas à higiene íntima e ao vestuário, podem ajudar a evitar a Candidíase:

- Dê preferência às roupas íntimas de puro algodão e evite usar absorventes íntimos diariamente, pois prejudicam a ventilação local.

- Adquira o hábito de dormir com roupas confortáveis e largas, de preferência de puro algodão. Se possível, durma sem calcinha, para que a região íntima fique ventilada e menos propença à contaminação.

- Evite usar toalhas e roupas íntimas que ficaram secando no banheiro (isso facilita a manutenção dos fungos) e, principalmente, aquelas que pertencem a outras pessoas. As toalhas devem ser bem lavadas e sempre passadas a ferro antes do uso.

- Após as evacuações, a higiene local deve ser feita trazendo o papel higiênico no sentido da vulva para o ânus (da frente para trás), nunca ao contrário, evitando assim a contaminação da vagina por germes que habitam as fezes.

- Evite ficar períodos longos com o maiôs ou biquínis molhados, porque eles prejudicam a transpiração e deixam o ambiente úmido e quente, o que favorece a proliferação dos fungos.

- Duchas intra-vaginais são absolutamente desnecessárias, pois causam desequilíbrio na flora vaginal e podem levar os germes para outros órgãos genitais, como o útero, o ovário e as trompas.

Como é o tratamento para a Candidíase Vulvovaginal?

Ao sentir os sintomas, a pessoa deve procurar o ginecologista imediatamente, para que seja feito um exame ginecológico. Tratamentos com cremes e remédios via oral são os mais recomendados, lembrando que somente um médico pode prescrevê-los.


Serviço:

O Dr. Fábio. Muniz é ginecologista, obstetra e mastologista no Hospital e Maternidade São Cristóvão

Fonte: http://meme.yahoo.com/fiquelinda/p/Wr02Z3W/?cid=brtd/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Homem invade escola no Rio e mata 12 crianças


O grande problema é que LIMITES e VALORES não se aprendem na escola.

Especialistas afirmam que os culpados não são apenas os assassinos, mas também os pais que não estão conseguindo impor limites e dar amor aos filhos. Portanto são os reflexos de uma sociedade doente, da ausência de educação e disciplina, relacionamentos desajustados, falta de amor e de tempo dos pais para os filhos, desajustes psiquiátricos, desequilíbrios emocionais.

Famílias desestruturadas, pais desequilibrados, filhos maníacos.

Uma geração doente, que perdeu a referência dos valores da moral e da ética.

A linha tênue que separa a religião do fanatismo, associada a uma personalidade mal formada, resulta em tragédias como a noticiada hoje.

"Em nossa época, supostamente dominada pela ciência e pela tecnologia, o fanatismo parece ser uma reação made in recalcado do inconsciente da humanidade. Fanatismo, vem do latim fanaticus, quer dizer "o que pertence a um templo", fanum. O indivíduo fanático ocupa o lugar de escravo diante do senhor absoluto, que, pode ser uma divindade, um líder mundano, uma causa suprema ou uma fé cega. O fanatismo é alimentado por um sistema de crenças absolutas e irracionais que visa servir à um ser poderoso empenhado na luta contra o Mal. Ou seja, o fanático acha que pode exorcizar pessoas e coisas supostamente possuídas pelo demônio" , "combater as forças do Mal" ou "salvar a humanidade" do caos.

Existe fanatismo por uma raça, um time de futebol, por um partido político, sobretudo por ideologias revolucionárias quando extrapolam a dimensão racional, sentindo-se guiada pela "fantasia da escolha divina".
Foi fanatismo religioso que fez muitos seguirem Jin Jones (Templo do Povo), Asahara (Verdade suprema), David Koresh (Ramo davidiano), Jo Dimambro (Templo Solar) e tantos outros místicos ou charlatães que terminaram causando tragédias coletivas, noticiadas no mundo todo.
A história conheceu também os histerismos coletivos da "caça as bruxas", a perseguição aos negros, índios, comunistas, homossexuais, prostitutas. O movimento da Jihad islâmica contra os "infiéis do ocidente" e a "guerra aos terroristas" do ocidente cristão, demonstram que o fanatismo está vivo e atuante em nossa época supostamente "científica" e "tecnológica".
Precisamos admitir que, a história da humanidade é também a história dos vários fanatismos dominando grupos humanos, sempre com conseqüências trágicas. Esse pedaço da história renegado nos causa vergonha, medo e sinalizam alertas para possíveis efeitos negativos no rumo da civilização.

Os sintomas do fanatismo, em grupo, são: orações, privações, peregrinações, jejum, discursos monológicos e martírios que podem terminar com o sacrifício da própria vida visando salvar o mundo das "trevas" ou do que ele entende ser "o mal"  .

O fanático não fala, faz discursos; é portador de discursos prontos cujo efeito é a pregação de fundo religioso ou a inculcação política de idéias que poderá vir a se tornar ato agressivo ou violento, tomado sempre como revelação da "ira de Deus" ou "a inevitável marcha da história" ou, ainda, a suposta "superioridade de uns sobre os demais".

Do ponto de vista psicopatológico, todo fanatismo parece ter relação com a fuga da realidade.  A crença cega ou irracional parece loucura quando se manifesta em momentos ou situações específicas, porém se sua inteligência não está afetada, o fanático aparentemente é um sujeito normal. No entanto, torna-se um ser potencialmente explosivo, sobretudo se o fanatismo se combinar com uma inteligência  tecnologicamente preparada. Fanático inteligente é um perigo para a civilização. O terrorismo, por exemplo, que atua com a única meta de destruir inimigos aleatórios é realizado por indivíduos fanáticos cuja inteligência é instrumentada apenas para essa finalidade.

Freud, como pensador evolucionista, acreditava que, só quando a civilização ascendesse à maturidade psíquica é que descartaria os mecanismos infantis ou alienantes cuja matriz é a religião."

Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/017/17ray.htm



sexta-feira, 1 de abril de 2011

RITALINA - A DROGA DA OBEDIÊNCIA

ESTÃO USANDO A RITALINA COMO SE FOSSE ÁGUA


              Foto: Jacilene Oliveira


O Brasil é o segundo maior consumidor mundial dos psicotrópicos chamados metilfenidatos, prescritos para o tratamento de crianças diagnosticadas como portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, da Unicamp, é uma das vozes médicas a questionar a existência de “uma doença neurológica que só altere comportamento e aprendizagem. Há relatos na medicina americana de crianças de 2 anos que teriam dislexia quando entrassem na escola. Como identificar que alguém vai ter dificuldades de ler e escrever aos 2 anos?"

Os critérios para diagnosticar o TDAH são normas sociais.

Nossas crianças precisam de praças, ginásios de esportes e incentivo à prática de atividades físicas.
Liderança, trabalho em equipe, respeito às regras, são alguns exemplos de valores que são construídos através desses encontros.
Há nos dias de hoje uma imensa inversão de valores na educação e na sociedade.
O esporte possui um grande potencial de socializador de indivíduos das mais diferentes classes sociais. 

Diga não e medicamentalização de nossas crianças!

Leia na integra a entrevista com a pediatra no link abaixo:
http://www.cartacapital.com.br/carta-fundamental/a-droga-da-obediencia

Em 2004 já havia uma preocupação com o aumento do consumo da Ritalina no Brasil.
2 milhões de caixas foram consumidas em 2009, ante as 70 mil consumidas em 2000.
VEJA, Edição 1877 / 27 de outubro de 2004
Anna Paula Buchalla

"Utilizado em larga escala nos Estados Unidos, o remédio Ritalina experimenta um aumento de consumo surpreendente no Brasil. O número de prescrições do medicamento, um estimulante para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, mais que dobrou nos últimos dois anos. Só neste ano, estima-se que será vendido 1 milhão de caixas de Ritalina, fabricado pelo laboratório Novartis (veja quadro). A principal razão desse aumento é o fato de que o diagnóstico do distúrbio se tornou mais comum. Antes considerado um mal predominantemente infantil, a hiperatividade passou a ser detectada também em muitos adultos. Além disso, há quem use o medicamento simplesmente para se manter desperto durante longas jornadas de trabalho ou estudo. E, como acontece com boa parte dos remédios da família das anfetaminas, a Ritalina entrou na ilegalidade. Jovens em busca de euforia química e meninas ávidas por emagrecer estão usando o remédio sem dispor de receita médica.

Caracterizada por quadros de agitação, impulsividade e dificuldade de concentração, a hiperatividade, nos últimos dez anos, ganhou maior atenção de médicos, psicólogos e pedagogos – principalmente porque se passou a creditar ao distúrbio boa parte dos casos de mau desempenho escolar. Dispor de um remédio como a Ritalina é um avanço inegável. Mas o "sossega leão" tem um lado perverso: o dos excessos. Pais acusam escolas de rotular suas crianças de hiperativas indiscriminadamente, antes mesmo de obter um diagnóstico médico. Tudo porque os professores, segundo esses pais, não teriam paciência, nem disposição, para controlar crianças irrequietas – mas não necessariamente com desequilíbrio na química cerebral – na sala de aula. Tais escolas, por sua vez, alegam que seus professores são suficientemente treinados para identificar o problema. Há que levar em conta, ainda, que pais impacientes andam utilizando o diagnóstico de hiperatividade como desculpa para entupir seus filhos de remédio e mantê-los, dessa forma, sossegados. Tanto é assim que o medicamento foi batizado de "droga da obediência". "É freqüente que os pais peçam aos médicos que aumentem a dose de Ritalina ou não a interrompam durante as férias", diz a psicóloga carioca Marise Corrêa Netto.

A hiperatividade infantil costuma aparecer entre os 3 e os 5 anos. O distúrbio é três vezes mais comum em meninos. Pesquisas feitas nos Estados Unidos mostraram que até um terço dos garotos em idade escolar naquele país usa Ritalina, embora muitos deles não precisem. Um estudo recente da Universidade Estadual de Campinas revelou que, de um grupo de crianças diagnosticadas com hiperatividade, 23% não exibiam problemas de aprendizado. Ou seja, provavelmente estavam sendo tratadas de um distúrbio do qual não sofriam. Vários educadores acreditam que se rotulam muitas crianças de hiperativas só porque elas são bagunceiras. "É preciso tomar muito cuidado com a medicalização da educação", diz a psicanalista carioca Christiane Vilhena, especialista em desenvolvimento infantil.

Enquanto a polêmica segue no universo infantil, a Ritalina vai conquistando de maneira silenciosa adeptos nas universidades. Pressionados por provas, exames e trabalhos de faculdade, estudantes estão trocando o tradicional café com cigarro pelo remédio. A Ritalina, nesses casos, teria o objetivo de melhorar a concentração e diminuir o cansaço. Seria uma espécie de anabolizante para o cérebro, que conseguiria assim acumular mais informação em menos tempo. Um levantamento feito na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, mostrou que um em cada cinco estudantes da instituição já havia experimentado a Ritalina com esse único propósito. No mercado de trabalho, ela também entrou para o cardápio: executivos passaram a procurar no medicamento uma forma de suportar batentes que costumam ultrapassar dez horas."

FONTE:http://veja.abril.com.br/271004/p_068.html

domingo, 27 de março de 2011

Influência do clima no humor


A luz do dia têm a capacidade de influenciar o estado de espírito das pessoas.
Já reparou como no verão há mais bom humor no ar e, no inverno, mais introspecção?

Um dos motivos que faz com que todos se sintam mais felizes diante das altas temperaturas é a influência solar. “A exposição à luz do sol estimula a produção de serotonina, dopamina e melatonina”, explica a psicóloga Dirce Perissinotti, membro do corpo clínico do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho. Ela diz que essas três substâncias são responsáveis por trazerem bom humor, energia e regulação do ciclo do sono.

Além das reações químicas positivas que a presença do sol traz para o organismo, também existem benefícios psicológicos. “Nos meses e estações onde os dias são mais quentes, iluminados e longos, existe algo no ar que nos convida a sair e interagir. São momentos atrativos ao convívio social, fazendo com que o bom humor apareça”, afirma a cientista e escritora Conceição Trucom, de São Paulo. Ela diz que é comum pessoas que moram em áreas tropicais serem mais bem-humoradas e terem mais energia.

No entanto, em dias em que o tempo está fechado e as temperaturas estão mais baixas, essas reações costumam acontecer de maneira contrária. “As estações do outono e do inverno, mais frias e com noites mais longas, representam o desnudar das folhas e a hibernação”, diz Conceição. Para ela, esse período deve trazer reflexão e desapego. “São momentos onde ficar só é recomendado, assim como deixar as couraças e crenças passarem pelo crivo das transformações e do conhecimento”.

terça-feira, 22 de março de 2011

22 de março - DIA MUNDIAL DA ÁGUA

COMO ESTAMOS TRATANDO A ÁGUA DO PLANETA?




Você já imaginou o quanto de água é desperdiçada no simples ato de ensaboar as mãos com a torneira aberta?
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), são gastos cerca de sete litros!
Não é mais admissível que ainda haja pessoas que se recusam a mudar pequenos hábitos que, além de trazer economia para seus próprios bolsos, proporcionam um grande bem ao meio ambiente e à vida de outras pessoas. O combate ao desperdício deve ser um hábito estimulado pela família inteira. Basta fechar a torneira ao ensaboar as mãos, ao escovar os dentes ou tomar um banho mais rápido.

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural.

http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_mundial_da_agua.htm

sábado, 19 de março de 2011

Abalo sísmico ? Sim, é possível!


O terremoto de 2008 no Brasil foi um sismo de 5,2 graus na escala de Richter ocorrido por volta das 21h (horário de Brasília) de 22 de abril de 2008.
Esse sismo foi sentido em toda a costa sudeste e em boa parte dos interiores dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. O epicentro do sismo foi o oceano, a aproximados 218 km da cidade de São Vicente e a 270 km de São Paulo. O fenômeno foi registrado às 21h00min48seg, e durou cerca de 3 segundos de acordo com o grupo de sismologia do IAG e do Observatório Sismológico (SIS)da Universidade de Brasília (UnB).
O abalo não causou qualquer morte ou ferido grave, porém danos leves foram causados a estruturas de vários edifícios.
O sismo foi um dos sete maiores registrados do Brasil. O último relevante havia ocorrido em 1922 na região de Mogi-Guaçu a 172 km de São Paulo, e que registrou 5,1 graus na escala de Richter com epicentro no continente.

http://blogeonat.blogspot.com/2009/09/terremoto-de-2008-no-brasil.html

Após a tragédia no Japão, cientistas brasileiros criam coragem e abrem debate sobre o assunto. Um grupo de geólogos, que estuda a oscilação de recarga do Aquífero Guarani, esse mar que está sob Araraquara e vasta região do país, diz que não estamos livres de um acomodamento da crosta terrestre, o que poderia causar um abalo de proporções imprevisíveis. Há pouco mais de cinco anos, um forte estrondo foi ouvido em Monte Alto e quase todas as cidades próximas.
No dia seguinte, a notícia de que os sismógrafos espalhados pelo país registraram esse acomodamento da terra, inclusive com rachaduras na crosta terrestre. O fato disparou o sinal de alerta e, a partir daí, geólogos passaram a dedicar maior tempo de estudo para uma real avaliação sobre os riscos que corremos.
Nossas edificações, nem térreas e nem os prédios mais altos, estão estruturadas para o suporte de eventuais abalos.
Se a acomodação de cinco anos atrás tivesse ocorrido no centro de Monte Alto, fatalmente teríamos uma tragédia.
Na época do fato, o geólogo Pedro Jacob, da CPRM, afirmou que, ocorre impacto com a exagerada retirada das águas subterrâneas.
Geralmente, essas acomodações mais radicais não acontecem porque as águas nas cavernas são repostas. Quando ocorre uma seca mais prolongada, como aconteceu naquela época, essa acomodação pode causar esse impacto, disse o geólogo.
Na visão dos geólogos que estão mais avançados nos estudos, é impossível avaliar o grau de pressão que mantém intactas a crosta que nos isola do aquífero. Diante dessa realidade, é impossível prever as consequências, que podem ser inimagináveis.
Para o geólogo Edilton Freire, também da CPRM, todos esses riscos podem ser
reduzidos com intervenção do Estado para que haja equilíbrio na vazão. Antes das sondagens dos poços profundos, essa vazão era lenta e gradual, mas hoje ela é agressiva, afirmou o especialista.

http://www.simnews.com.br/downloads/simnews-ano01-n09.pdf

domingo, 13 de março de 2011

Japão


Recebi um e mail com o apelo abaixo, e achei por bem divulgá-lo também nesse espaço.

"Mais uma ocorrência de terremoto e tsunami no nosso planeta, agora na costa do Japão.
Sabemos que isso faz parte do processo natural de transformação do planeta
Terra, tão bem abordado por Kardec na Gênese, cap. 18, quando falou sobre "Os Novos Tempos" ou "Os Tempos são Chegados", e mais recentemente por diversos médiuns.
As cenas assustam, nos deixam estarrecidos, principalmente porque pela primeira vez na história da humanidade podemos acompanhar isso tão de perto, através da mídia e da tecnologia de ponta da comunicação. Isso sempre tem dois objetivos:
fazer a informação chegar mais rápido a todas as partes do mundo, mas também nos mostrar como somos pequenos diante da imensidão da obra Divina.
Entretanto, lembro que já fomos informados de que nada disso é acaso, que essas situações serão cada vez mais frequentes de agora em diante e, que é o processo natural de passagem do planeta Terra para uma condição melhor de vida. O que não deixa de ser doloroso para nós porque vivenciamos ele "literalmente na carne".
Por isso, venho aqui pedir a todos os espíritas, espiritualistas, simpatizantes ou de outras religiões que lerem esse meu email, que nesse momento, ao invés de apenas falarmos do mal ou dos efeitos catastróficos da ocorrência, possamos mudar nosso padrão vibratório e mobilizar nossas mentes e nossos corações em preces, orações e mentalizações de ajuda ao povo japonês, de forma a auxiliar as equipes espirituais que estão atuando no socorro aos que partiram para o plano espiritual e aos que ainda estão encarnados.
Numa situação como essa o pânico, a raiva, o desespero, a desesperança campeiam em todos os pontos e nós, que temos um pouco de informação sobre a importância do "BEM PENSAR" e da força da oração, temos que fazer a nossa parte.
Portanto, você que lê esse email inicie agora mesmo sua mudança de pensamento e envie muitas energias benéficas para Sendai. Mentalize muita luz para ajudar a limpar as energias deletérias, oriundas do sofrimento das pessoas, para que as equipes de socorro do Cristo Jesus possam ter condições de atuar no local.
Todos nós juntos, podemos sim, fazer a diferença nesse momento de transição e crescimento planetário.

Paz e Esperança a todos."

Alexandra Torres

quinta-feira, 10 de março de 2011

Aprenda a observar o comportamento do seu filho


Rebeldia, preguiça, falta de atenção ou de força de vontade?

Alguns sintomas são nítidos e podem revelar que o seu filho pode ser portador de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Uma condição neurobiológica freqüente, acometendo ambos os sexos e todas as idades, com prevalência de 5 a 10% de crianças em idade escolar em todo o mundo.

O que há alguns anos poderia parecer rebeldia, preguiça ou falta de interesse e força de vontade, foi identificado há quase um século e hoje sabemos que se trata de um transtorno provocado por alterações no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais.

Ao contrário do que se imaginava, o TDAH não é uma condição inocente e benigna . Em virtude do significativo impacto adverso causado ao longo da vida, em que se pese, entre outros, o sentimento de fracasso precoce relatado por grande parte de seus portadores, o TDAH é uma condição séria que exige diagnóstico precoce e tratamento correto.

Vários pacientes relatam que passaram anos sendo chamados de preguiçosos, desmiolados , sem futuro , no mundo da lua , a mil por hora , etc., tanto por conta dos problemas escolares que apresentavam como pela dificuldade que tinham em obedecer a seus pais, professores e de seguirem regras.

Em casos como esses, a vida costuma evoluir de modo disfuncional e desadaptativo, muito aquém do esperado, com o aparecimento de múltiplas seqüelas emocionais, insucessos crônicos, sob uma espiral decrescente de vida.

Como posso saber quem tem o TDAH?
O TDAH tem três grandes eixos sintomatológicos, o de desatenção, o de hiperatividade e o da impulsividade. Quem apresentar alguns dos sintomas abaixo, causando sofrimento, prejuízos e queda no rendimento diário e na qualidade de vida, pode ter o TDAH e deve ser submetido a uma avaliação médica.

Sintomas mais comuns de desatenção:
Freqüentemente: não presta atenção a detalhes, erra por descuido nos deveres escolares ou outras atividades, dificuldade em manter a atenção em tarefas ou jogos, parece não escutar o que lhe falam, não obedece a instruções passo-a-passo, não completa deveres ou tarefas, dificuldade de se organizar em trabalhos ou atividades, evita ou reluta em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental prolongado (deveres escolares ou trabalhos de casa), perde objetos necessários para suas atividades (brinquedos, deveres escolares, lápis, livro, óculos, celular, etc.), se distrai facilmente devido a estímulos externos, esquece-se freqüentemente de suas atividades diárias, entre outros.

Sintomas mais comuns de hiperatividade e impulsividade:
Freqüentemente: mexe as mãos ou os pés ou se revira na cadeira, se levanta em sala de aula ou em outras situações nas quais o esperado é que ficasse sentado, corre ou sobe em locais inadequados (em adolescentes ou adultos, pode se limitar a uma sensação subjetiva de inquietação), dificuldade em brincar ou praticar qualquer atividade de lazer sossegadamente, está sempre muito ocupado ou age como se estivesse "elétrico", fala em excesso, responde precipitadamente antes de ouvir a pergunta toda, dificuldade em esperar sua vez, interrompe ou se intromete na fala dos outros, entre outros.

Outros sintomas comuns:
Auto-estima baixa, sonolência diurna, pavio-curto, explosões afetivas, estado emocional pode oscilar várias vezes ao dia, prejuízo nas funções executivas (planejar, focar, decidir, realizar trabalhos e metas, etc.), dificuldade de auto-controle, de inibir comportamentos inadequados, dificuldade de gerenciamento do tempo e de se motivar para iniciar o dia e para tarefas de baixa motivação ou de recompensa tardia.

Como tratar?
O tratamento é fundamentalmente medicamentoso e o medicamento de primeira linha é o metilfenidato (padrão-ouro), que tem alto poder de eficácia e é aprovado pelo FDA e ANVISA. É realizado pelo médico, geralmente o psiquiatra especialista em saúde mental da infância e adolescência (ou o neurologista ou pediatra especializados no assunto). Pode incluir a psicoeducação, orientação e suporte a pais e educadores, feitos por psicólogo. Em alguns casos, é necessário um tratamento mais abrangente, com a intervenção de psicopedagogo e ou de fonoaudiólogo. Parcerias indesejáveis Em 2/3 dos casos, o TDAH não vem sozinho.

Outras condições psiquiátricas aparecem no curso da doença, dificultando o diagnóstico e prognóstico, como os transtornos do humor (depressão, distimia, transtorno do humor bipolar), transtornos de ansiedade (ansiedade generalizada, ansiedade de separação, medos e fobias, enurese noturna) tiques, Síndrome de Tourette, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de aprendizagem (dislexia, discalculia, disortografia), transtorno opositivo desafiador, transtorno de conduta, abuso de álcool e ou drogas.

Essas parcerias, chamadas de comorbidades, precisam ser tratadas em paralelo ao tratamento do TDAH. No mundo inteiro, existem associações altamente respeitadas com o objetivo de estudar e divulgar o TDAH. No Brasil, temos a ABDA - Associação Brasileira de Déficit de Atenção, com sede no Rio de Janeiro.

http://www.minhavida.com.br/conteudo/2698-Aprenda-a-observar-o-comportamento-do-seufilho.htm

quinta-feira, 3 de março de 2011

MÁSCARAS...


"Não! não me compreendeis...

Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.

Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...

Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!

Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!

Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!

Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...

Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser sómente.

Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!"

Menotti Del Picchia


A consolidação do teatro, na Grécia Antiga, deu-se em função das manifestações em homenagem a Dioniso ou Baco (em Roma), deus do vinho, da vegetação, do êxtase e das metamorfoses.
Pouco a pouco, os rituais dionisíacos foram se modificando e se transformando em tragédias e comédias.
Dioniso se tornou, assim, o deus do teatro.

Atenas é considerada a terra natal do teatro antigo, e, sendo assim, também do teatro ocidental. "Fazer teatro" significava respeitar e seguir o culto a Dionisio.

A máscara foi utilizada ao longo dos tempos por vários povos e com diversas finalidades.

No latin, a palavra que designa máscara é persona, usada para definir as qualidades do ser representado. Tal é a origem da palavra pessoa, como usamos atualmente. Com as máscaras, nos transformamos em outra pessoa, adquirimos uma nova personalidade, apta a enfrentar qualquer realidade. Não raro usamos máscaras invisíveis, quase imperceptíveis, que nos ajudam a enfrentar as mais diversas situações. Entretanto não são sempre imaginárias, as máscaras são também reais e palpáveis, desde as épocas mais remotas da história da humanidade. Pode-se dizer que as máscaras representam uma espécie de mediação entre os homens e o mundo invisível. São uma expressão da fé na existência de entidades sobrenaturais. Pelo menos, assim é visto este objeto em várias culturas.

Surge como elemento figurativo no teatro grego, em que as máscaras gregas foram permitidas no palco e envergadas pelos actores que ressuscitavam os homens de outrora pela sua aparência espectral que a máscara confere a tais personagens vivas, desempenhando um papel dos antepassados, permitindo evitar a perigosa incorporação do morto vivo. As máscaras usadas no teatro chamavam-se personna, donde vem a palavra personagem para a figura representada.

No Antigo Egito, o povo acreditava que a colocação de uma máscara na face dos mortos ajudava na passagem para a vida eterna. Na China, as máscaras eram usadas para afastar os maus espíritos, enquanto que os Gregos usavam as máscaras nas suas cerimónias religiosas. O mais antigo documento sobre o uso das máscaras em Veneza data de 02 de Maio de 1268.

Em Veneza, no séc. XVIII, o uso da máscara tornou-se um hábito diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi precisa uma lei, a lei de Doge, para acabar com este hábito, porque a polícia tinha uma certa dificuldade em reconhecer os assassinos que constantemente matavam nas vielas da cidade. Os Venezianos passaram a usá-la durante o Carnaval que durava um mês e nas festas e jantares.

O espírito de Carnaval surge como inversão dos usos sociais e que se começou a festejar em Roma nos dias 17 a 19 de Dezembro, chamadas de Saturnais, em que as pessoas se mascaravam e eram festas de um período de folguedos colectivos. Mas foi ainda na Idade Média que a máscara foi o princípio do Carnaval e com a Quarta –Feira de Cinzas assinalava o retorno à ordem.

As máscaras mais célebres foram as máscaras funerárias egípcias de TOUTANKAMON,  a de AGAMÉMNON trazida de Micenas, Mas as máscaras podem ser feitas em muitos materiais, tais como: cortiça, pasta de papel, folha de flandres, folha de alumínio, tecido, latas, caixas de cartão, fitas, materiais recuperados, etc.


http://educacao.uol.com.br/artes/ult1684u12.jhtm

http://www.lugaresdomundo.com/mascaras_0803.htm

http://www.sitedecuriosidades.com/ver/a_primeira_mascara_de_carnaval.html

http://www.eps-penalva-castelo.rcts.pt/projs/pena_jov/edicoes/2001_04/histmasc.html

Aprenda a relaxar

Estudos mostram que gestos simples podem ser mais eficazes do que remédios.

Sexo e exercícios aliviam dores musculares.


Quando os níveis de cansaço e irritação aumentam, entram em ação os poderosos relaxantes musculares tidos como o alívio certo para acabar com qualquer tipo de dor. Porém, com dias cada vez mais atribulados e a pressão constante das crises financeiras que podem atingir a todos, tomar remédios constantemente pode representar um sério perigo para a saúde.

Pensando nisso, especialistas em dor da Universidade de Nova York pesquisaram formas simples para acabar com a tensão nas costas, pescoço e ombros. Para eles, atividades físicas, sexo e uma boa conversa podem ter o mesmo efeito que remédios. Os profissionais esclarecem que, quando você está tenso, ansioso, temeroso ou com raiva, seus músculos se contraem e esta ação prolongada é a responsável por dores severas.

E, para se livrar desse incômodo, a receita é praticar exercícios que descarregam energia e que fazem suar. Para isso, basta manter uma rotina em que seja possível fazer uma caminhada rápida ou corrida, andar de bicicleta, natação, musculação ou fazer sexo. Para o diretor da pesquisa Norman Marcus, outro gesto simples que tem um efeito terapêutico é desabafar com uma pessoa em quem você confia

O professor da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica e clínico geral Samir Rahme, esclarece também que uma das melhores formas de se aliviar a tensão é se alongar. Mas ele alerta para a suavidade dos movimentos, evitando sentir dor com eles.

Rotação do pescoço
Sente-se numa cadeira, mantendo pescoço, ombros e tronco reto. Primeiro, vire lentamente a cabeça para a direita. Volte à posição inicial e repita para o lado esquerdo. Faça o movimento 10 vezes para cada lado.

Flexão lateral do pescoço
Incline o pescoço lateralmente até encostar a orelha no ombro (ou até onde você conseguir, sem que haja dor). Tome cuidado para não levantar o ombro, ele precisa ficar relaxado para que o alongamento surta efeito. Repita 10 vezes pra cada lado.

Flexão do pescoço
Dobre a cabeça para frente, encostando o queixo no peito. Mantenha aposição por 5 segundos e repita o movimento 10 vezes.

Extensão do pescoço
Leve a cabeça para trás, até que o queixo esteja apontando para o teto. Repita 10 vezes.

Fonte:http://yahoo.minhavida.com.br/conteudo/3689-Sexo-e-exercicios-aliviam-dores-musculares.htm

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dançar faz bem!

Dançar faz bem... Quem dança é mais feliz... Eu amo dançar...

Quem ainda não escutou ou leu frases como estas?

Mas afinal quais os benefícios da dança para o ser humano?


A dança traz muitos benefícios, não só para o corpo, mas também para a mente. Essa é uma das atividades mais democráticas que possibilita a participação de qualquer pessoa.
Trabalha a coordenação motora, agilidade, ritmo, percepção espacial, autoconfiança, previne o envelhecimento precoce, fortalece os músculos, queimando calorias, de uma forma bem divertida.
Possibilita o convívio aumentando suas relações pessoais, melhora a auto-estima quebrando diversos bloqueios psicológicos.
Outro beneficio muito importante é a resistência física, pois ela exige muito do corpo, melhorando o sistema cardiovascular e a capacidade pulmonar, ajuda a fortalecer os ossos, evitando casos de osteoporose.

A dança movimenta o corpo como um todo, de forma integrada e em sintonia com a música. A música por sua vez, tem efeitos tão terapêuticos quanto o movimento corporal.

Na hora de escolher sua modalidade de dança predileta, existem muitas opções e você pode escolher entre: Dança de salão - trabalha diversos ritmos como forró, tango, samba e valsa, promove contato social, melhora a auto-estima e permite a prática em bailes;

Dança do ventre - trabalha a feminilidade, sensualidade e desbloqueia tensões e baixa auto-estima;

Dança flamenca - de origem espanhola trabalha sapateado, castanholas e é extremamente forte e emocionante;

Dança de rua - movimentos de hip-hop, funk e outros, todos muito livres utilizando força e explosão; permite descarregar energias;

Sapateado americano - trabalha a agilidade, movimentos de pés e pernas e culmina em coreografias bélissimas; é modalidade base dos musicais da Broadway;

Axé - ritmo baiano que utiliza coreografias alegres e queima muitas calorias;

Ballet clássico - ideal se iniciado na infância ou juventude e é a base de todas a danças; existem turmas infantis e adultas.

Enfim, a dança é uma atividade completa. Porém alguns cuidados devem ser tomados. Muitas mulheres são indicadas por médicos para aulas de dança e muitas vezes o problema que se busca melhorar não pode ser resolvido com a dança, mas sim piorado.

Dê o primeiro passo e ofereça a você mesma uma oportunidade de descobrir os segredos do corpo que se move de acordo com a música.

Pratique!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Quando a vida afetiva está desgastada parece que isso se reflete em tudo na vida e é comum muitos sentirem dificuldade em eliminar alguns quilos, principalmente por não se sentirem amados, desejados.É momento de parar e refletir o que está acontecendo.

Quando a vida do casal torna-se insuportável, uma alternativa sadia pode ser a separação. Se vocês já não se falam mais a não ser o necessário, não há respeito, cumplicidade, amizade, é preciso fazer uma análise e indagar o que ainda têm em comum, além de morar sob o mesmo teto.

Caso as duas partes concluam que nada mais de sadio as une e que não é mais possível melhorar a vida em comum, pois ambos passam o tempo brigando ou sonhando com o afastamento, a separação pode ser a última opção saudável, ainda que dolorosa. Se após uma consulta séria a seu coração, ainda tiver dúvidas, procure bons motivos para vocês continuarem juntos e defina o que ambos precisam fazer para reformular o relacionamento.

Tente definir os motivos que o levaram a unir-se àquela pessoa ou a conviver tanto tempo com ela. Indague-se, por exemplo, "por que fiquei com esta pessoa até agora?", talvez você descubra coisas boas do relacionamento e motivos para tentar mantê-lo.

Entretanto, se a resposta de sua análise profunda for pela separação, não tema, siga em frente, mas siga consciente de que a separação não é uma saída mágica, nem simples. Separar-se de forma saudável, sem culpas, manipulações ou preconceitos, não é fácil. Existem casais que conversam e chegam à conclusão de que o melhor é dissolver sua união, mas não conseguem. A separação ainda é uma experiência extremamente dolorosa e desgastante.

O desejo de separar-se raramente acontece de repente. Só fica claro quando não há mais respeito, confiança, admiração, nem amor ou atração e acontece a traição. Ou ainda, quando se sente que não é mais possível realizar os desejos com o outro, quando não há mais sonhos em comum, quando não há mais saudade, vontade de estar junto.

Pode até ser que uma das partes não perceba ou finja que não percebe, mas a outra, aos poucos, vai dando sinais do desgaste, pois ninguém deixa de amar de uma hora para outra. O gesto da separação pode parecer repentino, mas o desejo já estava presente há muito tempo, por mais que não tenha sido verbalizado.

Saber que sobreviverá à separação não impede de ficar indeciso, sentir medo e a dor da perda. Qualquer decisão tomada na vida, implica em ganhar algumas coisas e perder outras, abrir certas portas e cerrar outras. Enfrentar perdas, contudo, é um dos maiores problemas do ser humano. Por isso, a perda de um relacionamento, de uma possibilidade de vida em que se acreditou um dia, precisa ser elaborada. Para elaborarmos essa perda com menos sofrimento, precisamos pensar nas vantagens que teremos com a decisão, a curto e longo prazo.

O que não podemos é ficar anos na indecisão. Quando finalmente conseguimos nos decidir e tomamos as atitudes necessárias para cumprir a decisão, é comum sentirmos um certo alívio, pois, com isto, acabam as brigas, as discussões intermináveis e as agressões, não só com o outro, mas principalmente, consigo mesmo.

Muitos casais se surpreendem ao descobrir que o ato da separação não provoca sofrimento; isso acontece quando já sofreram ao longo dos anos e quando a decisão se concretiza, o alívio é maior que a dor. Mas também há aqueles que sofrem, e muito, após a separação, pois sequer imaginavam.

Também são comuns sentimentos como culpa e rejeição. A perda torna-se dolorosa. Além da perda física do outro, perde-se a relação, os planos futuros, tudo o que se acreditou um dia e a expectativa de viver pra sempre junto daquela pessoa. Podemos e devemos nos permitir sentir a tristeza, mas sem exageros, para não cairmos em depressão. A forma de evitar isso é a consciência clara de que tudo tem limites. Apesar de não ser fácil aceitar essa realidade, ninguém pode impor viver ao lado de quem não se quer mais para dividir a vida.

A ruptura é um processo que ocorre em diversos níveis. No plano externo, precisamos comunicar nosso desejo ao outro, mas o mais difícil é o processo interno, psíquico. Nesse plano, o processo de elaboração da perda começa antes da decisão e, em geral, termina muito depois da separação. Para evitar a sensação de perda, a frustração e o luto, sentimentos inevitáveis, desenvolvemos mecanismos de defesa como a agressividade, a fuga pelo trabalho e a total desvalorização do outro. Muitas pessoas colocam-se em constante movimento, ocupando todo seu tempo e negando seus desejos e emoções mais autênticas, o que não contribui em nada para a superação da perda.

É possível, porém, aproveitar este momento de elaboração para transformar a crise em algo enriquecedor, encarando como uma oportunidade de reconstrução de nosso próprio "eu". Ao elaborar todas as raivas, culpas e tristezas e assumindo nossas responsabilidades, adquiri-se a capacidade de perdoar a si mesmo e ao outro.

O passado não pode ser mudado, mas podemos aprender com ele. Assim, nossa auto-estima, que estava baixa, aos poucos tende a crescer e readquirimos confiança para dar os próximos passos. Em conseqüência do crescimento pessoal, podemos fazer um balanço de nossos sentimentos mais íntimos e experiências passadas, não para ficar chorando, mas para aprender e crescer ainda mais.

Os momentos de solidão são inevitáveis, mas podem ser vividos com dignidade e serenidade. Eles oferecem uma oportunidade de nos conhecermos mais e mais, de nos tornarmos responsáveis por nós mesmos, termos confiança em nossa capacidade de pensar, discernir e ir em frente. Reestruturando nossa auto-imagem, reaprenderemos a nos amar, sem esperar mais do outro.

É importante lembrar que a separação é uma alternativa positiva quando a relação não tem mais nada de sadio, mas não deve ser uma postura de vida, que nos leva a pensar em ir embora a todo o momento que surge uma dificuldade. Se após uma consulta séria ao seu coração a resposta for negativa, ou seja, continuar junto, peça perdão pelos seus erros, reconheça sua parte, repense tudo e recomece. Mas se a resposta for pela separação, pois não há mais amor, siga em frente, acreditando acima de tudo em você mesmo.
Por:
Rosemeire Zago
Psicóloga clínica com abordagem jungiana, especialização em psicossomática. Desenvolve o autoconhecimento e ministra palestras motivacionais. Contato: (011) 9950-5095

http://cyberdiet.terra.com.br/separacao-a-unica-saida-7-1-6-486.html