quarta-feira, 13 de junho de 2012

Atividade Física em Mulheres Adultas


           Foto: Jacilene Oliveira

Enquanto provavelmente 97% da massa óssea é adquirida até os 18 anos de idade, tem sido observado aumento de densidade óssea até a terceira década de vida. Em alguns casos, até um aumento moderado de atividade física por mulheres entre 20 e 30 anos pode aumentar a densidade óssea e, potencialmente, diminuir o risco a longo prazo de fraturas.
A maioria dos estudos em mulheres pré-menopausa demonstrou o efeito positivo de exercícios, com as atividades de maior impacto e carga produzindo os maiores benefícios para o esqueleto. Os efeitos da atividade física foram mais pronunciados entre aquelas que eram menos fisicamente ativas, uma observação que também foi feita em outras faixas etárias também.

Pós-menopausa e depois

Exercícios físicos continuam conferindo benefícios ao esqueleto a muitas mulheres pós-menopausa. Porém, não há evidencias que somente a atividade física seja suficiente para compensar completamente os efeitos danosos da perda de estrogênio nos primeiros 3 ou 5 anos seguintes à menopausa. Assim que a fase de perda óssea acelerada está completa, exercício físico regular pode ter um efeito de proteção aos ossos. Assim como em outras faixas etárias, mulheres pós-menopausa ativas tendem a tem maior densidade óssea de que as mulheres pós-menopausa sedentárias.




segunda-feira, 11 de junho de 2012

O alto custo do papel


“O alto consumo de papel e a maior parte sendo produzida com métodos insustentáveis está entre as atividades humanas mais impactantes do planeta. O consumo mundial de papel cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo dados do Worldwatch Institute, podendo chegar a mais de 300 kg per capita ao ano em alguns países.” (Ferraz, 2009)

A matéria-prima básica da indústria do papel, a celulose, é um material fibroso encontrado na madeira e nos vegetais em geral.Durante sua fabricação, a madeira é descascada e picada em lascas denominadas  cavacos. Posteriormente é cozida com produtos químicos, para separar a celulose da lignina e demais componentes vegetais. O líquido resultante do cozimento,  é conhecido como Licor Negro, que é armazenado em lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de retornar aos corpos d'água.

Mesmo após o tratamento de efluentes na fábrica, as dioxinas permanecem e são lançadas nos rios, contaminando a água, o solo e conseqüentemente a vegetação e os animais (inclusive os que são usados para consumo humano). No organismo dos animais e do homem, as dioxinas têm efeito cumulativo, ou seja, não são eliminadas e vão se armazenando nos tecidos gordurosos do corpo.

Posteriormente é realizado o branqueamento da celulose, num processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e clarear a pasta que será usada para fazer o papel.

“Até pouco tempo, o branqueamento era feito com cloro elementar, que foi substituído pelo dióxido de cloro para minimizar a formação de dioxinas (compostos organoclorados resultantes da associação de matéria orgânica e cloro). Embora essa mudança tenha ajudado a reduzir a contaminação, ela não elimina completamente as dioxinas. Esses compostos, classificados pela EPA, a agência ambiental norte-americana, como o mais potente cancerígeno já testado em laboratórios, também estão associados a várias doenças do sistema endócrino, reprodutivo, nervoso e imunológico.” (FERRAZ, 2009).

Enquanto a Europa já aboliu completamente o cloro da fabricação do papel, realizando o branqueamento com oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio, processo conhecido como total chlorine free (TCF), nos Estados Unidos e no Brasil, e em favor de interesses da indústria do cloro, o dióxido de cloro continua sendo usado.

Temos que repensar nossos hábitos de consumo!
 
“No Brasil apenas 37% do papel produzido vai para a reciclagem. De todo o papel reciclado, 80% é destinado à confecção de embalagens, 18% para papéis sanitários e apenas 2% para impressão.” FERRAZ, 2009.

Porém não podemos esquecer que a reciclagem também é uma indústria que consome energia e polui. Por isso, se o que almejamos é uma produção sustentável, capaz de garantir os recursos naturais necessários para a atual e as futuras gerações, o melhor a fazer é reduzir o consumo e começar a exigir que as empresas se comprometam a adotar medidas mais eficazes de combate à poluição resultante de seus processos produtivos, a contaminação e  o esgotamento dos recursos naturais.

FERRAZ, José Maria Gusman - Doutor em Ecologia, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente. O papel nosso de cada dia. 2009.