sexta-feira, 8 de abril de 2011

Homem invade escola no Rio e mata 12 crianças


O grande problema é que LIMITES e VALORES não se aprendem na escola.

Especialistas afirmam que os culpados não são apenas os assassinos, mas também os pais que não estão conseguindo impor limites e dar amor aos filhos. Portanto são os reflexos de uma sociedade doente, da ausência de educação e disciplina, relacionamentos desajustados, falta de amor e de tempo dos pais para os filhos, desajustes psiquiátricos, desequilíbrios emocionais.

Famílias desestruturadas, pais desequilibrados, filhos maníacos.

Uma geração doente, que perdeu a referência dos valores da moral e da ética.

A linha tênue que separa a religião do fanatismo, associada a uma personalidade mal formada, resulta em tragédias como a noticiada hoje.

"Em nossa época, supostamente dominada pela ciência e pela tecnologia, o fanatismo parece ser uma reação made in recalcado do inconsciente da humanidade. Fanatismo, vem do latim fanaticus, quer dizer "o que pertence a um templo", fanum. O indivíduo fanático ocupa o lugar de escravo diante do senhor absoluto, que, pode ser uma divindade, um líder mundano, uma causa suprema ou uma fé cega. O fanatismo é alimentado por um sistema de crenças absolutas e irracionais que visa servir à um ser poderoso empenhado na luta contra o Mal. Ou seja, o fanático acha que pode exorcizar pessoas e coisas supostamente possuídas pelo demônio" , "combater as forças do Mal" ou "salvar a humanidade" do caos.

Existe fanatismo por uma raça, um time de futebol, por um partido político, sobretudo por ideologias revolucionárias quando extrapolam a dimensão racional, sentindo-se guiada pela "fantasia da escolha divina".
Foi fanatismo religioso que fez muitos seguirem Jin Jones (Templo do Povo), Asahara (Verdade suprema), David Koresh (Ramo davidiano), Jo Dimambro (Templo Solar) e tantos outros místicos ou charlatães que terminaram causando tragédias coletivas, noticiadas no mundo todo.
A história conheceu também os histerismos coletivos da "caça as bruxas", a perseguição aos negros, índios, comunistas, homossexuais, prostitutas. O movimento da Jihad islâmica contra os "infiéis do ocidente" e a "guerra aos terroristas" do ocidente cristão, demonstram que o fanatismo está vivo e atuante em nossa época supostamente "científica" e "tecnológica".
Precisamos admitir que, a história da humanidade é também a história dos vários fanatismos dominando grupos humanos, sempre com conseqüências trágicas. Esse pedaço da história renegado nos causa vergonha, medo e sinalizam alertas para possíveis efeitos negativos no rumo da civilização.

Os sintomas do fanatismo, em grupo, são: orações, privações, peregrinações, jejum, discursos monológicos e martírios que podem terminar com o sacrifício da própria vida visando salvar o mundo das "trevas" ou do que ele entende ser "o mal"  .

O fanático não fala, faz discursos; é portador de discursos prontos cujo efeito é a pregação de fundo religioso ou a inculcação política de idéias que poderá vir a se tornar ato agressivo ou violento, tomado sempre como revelação da "ira de Deus" ou "a inevitável marcha da história" ou, ainda, a suposta "superioridade de uns sobre os demais".

Do ponto de vista psicopatológico, todo fanatismo parece ter relação com a fuga da realidade.  A crença cega ou irracional parece loucura quando se manifesta em momentos ou situações específicas, porém se sua inteligência não está afetada, o fanático aparentemente é um sujeito normal. No entanto, torna-se um ser potencialmente explosivo, sobretudo se o fanatismo se combinar com uma inteligência  tecnologicamente preparada. Fanático inteligente é um perigo para a civilização. O terrorismo, por exemplo, que atua com a única meta de destruir inimigos aleatórios é realizado por indivíduos fanáticos cuja inteligência é instrumentada apenas para essa finalidade.

Freud, como pensador evolucionista, acreditava que, só quando a civilização ascendesse à maturidade psíquica é que descartaria os mecanismos infantis ou alienantes cuja matriz é a religião."

Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/017/17ray.htm



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