quinta-feira, 3 de março de 2011

MÁSCARAS...


"Não! não me compreendeis...

Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.

Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...

Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!

Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!

Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!

Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...

Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser sómente.

Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!"

Menotti Del Picchia


A consolidação do teatro, na Grécia Antiga, deu-se em função das manifestações em homenagem a Dioniso ou Baco (em Roma), deus do vinho, da vegetação, do êxtase e das metamorfoses.
Pouco a pouco, os rituais dionisíacos foram se modificando e se transformando em tragédias e comédias.
Dioniso se tornou, assim, o deus do teatro.

Atenas é considerada a terra natal do teatro antigo, e, sendo assim, também do teatro ocidental. "Fazer teatro" significava respeitar e seguir o culto a Dionisio.

A máscara foi utilizada ao longo dos tempos por vários povos e com diversas finalidades.

No latin, a palavra que designa máscara é persona, usada para definir as qualidades do ser representado. Tal é a origem da palavra pessoa, como usamos atualmente. Com as máscaras, nos transformamos em outra pessoa, adquirimos uma nova personalidade, apta a enfrentar qualquer realidade. Não raro usamos máscaras invisíveis, quase imperceptíveis, que nos ajudam a enfrentar as mais diversas situações. Entretanto não são sempre imaginárias, as máscaras são também reais e palpáveis, desde as épocas mais remotas da história da humanidade. Pode-se dizer que as máscaras representam uma espécie de mediação entre os homens e o mundo invisível. São uma expressão da fé na existência de entidades sobrenaturais. Pelo menos, assim é visto este objeto em várias culturas.

Surge como elemento figurativo no teatro grego, em que as máscaras gregas foram permitidas no palco e envergadas pelos actores que ressuscitavam os homens de outrora pela sua aparência espectral que a máscara confere a tais personagens vivas, desempenhando um papel dos antepassados, permitindo evitar a perigosa incorporação do morto vivo. As máscaras usadas no teatro chamavam-se personna, donde vem a palavra personagem para a figura representada.

No Antigo Egito, o povo acreditava que a colocação de uma máscara na face dos mortos ajudava na passagem para a vida eterna. Na China, as máscaras eram usadas para afastar os maus espíritos, enquanto que os Gregos usavam as máscaras nas suas cerimónias religiosas. O mais antigo documento sobre o uso das máscaras em Veneza data de 02 de Maio de 1268.

Em Veneza, no séc. XVIII, o uso da máscara tornou-se um hábito diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi precisa uma lei, a lei de Doge, para acabar com este hábito, porque a polícia tinha uma certa dificuldade em reconhecer os assassinos que constantemente matavam nas vielas da cidade. Os Venezianos passaram a usá-la durante o Carnaval que durava um mês e nas festas e jantares.

O espírito de Carnaval surge como inversão dos usos sociais e que se começou a festejar em Roma nos dias 17 a 19 de Dezembro, chamadas de Saturnais, em que as pessoas se mascaravam e eram festas de um período de folguedos colectivos. Mas foi ainda na Idade Média que a máscara foi o princípio do Carnaval e com a Quarta –Feira de Cinzas assinalava o retorno à ordem.

As máscaras mais célebres foram as máscaras funerárias egípcias de TOUTANKAMON,  a de AGAMÉMNON trazida de Micenas, Mas as máscaras podem ser feitas em muitos materiais, tais como: cortiça, pasta de papel, folha de flandres, folha de alumínio, tecido, latas, caixas de cartão, fitas, materiais recuperados, etc.


http://educacao.uol.com.br/artes/ult1684u12.jhtm

http://www.lugaresdomundo.com/mascaras_0803.htm

http://www.sitedecuriosidades.com/ver/a_primeira_mascara_de_carnaval.html

http://www.eps-penalva-castelo.rcts.pt/projs/pena_jov/edicoes/2001_04/histmasc.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário