sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
TERAPIA DO ABRAÇO
Pesquisas já comprovaram que o ser humano, independente da cultura, tem necessidade (física e psicológica) de tocar e ser tocado.
Este toque é tão importante que as crianças, quando não acariciadas ou abraçadas, forçam situações para que seus pais utilizem a força física contra elas. Neste processo inconsciente recebem algum tipo de toque que, por mais negativo que seja, é melhor do que a indiferença.
As culturas ocidentais, se não todas ao menos a maioria, têm como hábito o toque entre as pessoas como sinal de relacionamento.
O abraço, ao contrário do que possa parecer, pode transmitir / proporcionar efeitos positivos e negativos.
· Você já teve a sensação de receber um abraço forçado de alguém? Como é esta sensação?
· Já se sentiu também forçado a abraçar outra pessoa? Neste caso, como se sentiu?
· que me diz daquele abraço cujo toque acontece do ombro para cima, ou seja, o restante do corpo mantém-se distante?
· Há também aquele abraço de corpo inteiro, forte e caloroso. Já experimentou?
· E aquele abraço de lado, com os braços entrelaçados atrás do corpo (como namorados, por exemplo) que pode acontecer parado ou caminhando? Quais sensações transmitem?
Pois é, o abraço é muito mais do que um simples toque ou uma gostosa sensação de aconchego e prazer momentâneo. Por ter efeito duradouro, é responsável pela saúde mental e física do ser humano.
Sabe-se que uma criança constantemente abraçada ou acariciada tem maiores possibilidades de ser um adulto:
· Seguro
· Afetivo, amoroso
· Sem receio de demonstrar seus sentimentos
· Que utiliza melhor sua comunicação verbal e não verbal
· Com as inteligências prática e emocional melhor desenvolvidas
· Que se sente aceito pelo meio no qual vive
Veja outros benefícios do abraço:
· Melhora o "stress" aliviando a tensão
· Propicia sono mais tranqüilo e repousante
· Diminui - ou acaba - com a solidão
· Auxilia na construção da auto-estima
· Ativa a circulação sangüínea
· Mexe com músculos e ossos
· Facilita o alongamento do corpo
· MELHORA E MANTÉM O BOM HUMOR
Podemos concluir, então, que o abraço tem elevado poder de formação e cura.
Se você quiser ser um "terapeuta do abraço" no ambiente em que vive (social, familiar, profissional) é importante:
1. Ter interesse genuíno pelo ser humano. Não adianta mostrar algo que você não é.
2. Manter suas antenas perceptivas e sensitivas SEMPRE ligadas. São elas que lhe darão o sinal verde para abraçar alguém ou não.
3. Ser responsável pelos seus atos porque a reação ao abraço não é, apenas, imediata.
4. Aprender a diferenciar diversos tipos de abraços. Por exemplo: abraços de conforto, carinhosos, amigos, são diferentes de abraços apaixonados.
5. Aprender a transmitir verdadeiramente o que sente, facilitando que o outro perceba da mesma forma. Seu colega de abraço provavelmente responderá com o mesmo tipo de abraço que está recebendo.
6. Ser corajoso. "Partir para o abraço" vai deixá-lo mais visível.
7. Respeitar o outro. Nem sempre você vai abraçar alguém que gosta de ser abraçado ou vai acertar no momento. Aprenda a lidar com a possível frustração de não ser tão bem recebido quanto gostaria.
8. Aprender a pedir abraços quando sentir necessidade e não os tiver. Aprender a falar "obrigado" após um abraço. São atitudes de humildade que aproximam pessoas.
9. Conter os exageros. Os abraços são contatos "fortes" e não podem correr o risco de se tornarem banais.
10. Estar aberto ao abraço, também, para recebê-los.
Agora responda:
Como está o abraço em sua vida?
A Terapia do Abraço, volumes 1 e 2. Editora Pensamento.
Keating, Kathleen.
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